terça-feira, março 05, 2024

 


Luca

Escola Secundária Jugatsuzakura, Cherrygrove, Johto

Quarta-feira, 27 de abril


Como um Furret ziguezagueando na pradaria, ele abria caminho pela multidão de alunos conforme remava com seu skate. Luca, remando com o pé direito e mantendo o equilíbrio enquanto se direcionava ao portão da Escola Secundária Jugatsuzakura. As aulas haviam acabado, ele só queria poder curtir um pouco antes de ir para casa depois de um longo dia letivo.

Não muito longe dos portões havia uma longa rampa a qual era mais de acessibilidade para alunos e funcionários com dificuldades motoras, mas quase não havia ninguém que se encaixasse naquele perfil. Era o lugar perfeito para Luca arriscar um ollie e descer pelo corrimão da rampa. Batendo o calcanhar contra a parte traseira da prancha ele elevou a si e o skate no ar e inclinando o corpo para frente ele deslizava pelo corrimão até o final da rampa onde aterrissou com certa delicadeza pegando o skate e depositando-o debaixo do braço.

Seu amigo, Colin, que vinha logo atrás, tinha optado por descer pela rampa ao invés de deslizar pelo corrimão de skate como o amigo tinha feito segundos antes. Ele olhava para Luca um tanto embasbacado, não era todo mundo que arriscaria descer uma rampa como aquele, ou melhor, o corrimão de uma rampa e não esborrachar a cara contra o chão. Era uma das razões para se ter capacete, cotoveleiras e joelheiras, mas Luca nunca usava nenhum equipamento de proteção. Ele era um tanto inconsequente.

— Cara, não sei como você consegue — disse Colin que carregava sua prancha de skate embaixo do braço.

Colin era o melhor amigo de Luca desde… bem, desde sempre. Eles eram próximos, haviam sido praticamente criados juntos uma vez que o pai de Luca trabalhava com o de Colin em um escritório no centro da cidade. Dava até para dizer que eles eram como irmãos de tão próximos.

Apesar de serem amigos, eles eram bem diferentes fisicamente, enquanto Colin era introvertido e mais fechado, Luca era mais enérgico e espontâneo, até a paleta de cores de ambos se distinguia. Enquanto Colin tinha cabelos loiros cor-de-areia que emolduravam seu rosto como um anjo em uma pintura sacra, Luca tinha cabelos escuros que caíam pela nuca dando a ele um ar mais diabólico.

— Ah, qual é, é só um corrimão de uma rampinha!

— Que rampinha mané o quê, Lu! — exclamou o melhor amigo — É uma descida do caramba, tu podia ter se esborrachado, seu desmiolado.

— Mas não fiz isso, né? — indagou ele, um tanto convencido.

— Mas poderia!

— Nah!

Nah é o escambau! — ralhou Colin — Mas e aí, me fala, tem planos para de tarde?

— Sei lá — ele deu de ombros — Eu pretendia ao menos terminar a redação do Sr. Amanogawa, mas eu vou sair em jornada com o mala do meu irmão mais velho esse fim de semana então é capaz de nem rolar eu terminar essa redação.

Ele suspirou em frustração. Parecia que tudo que ele tinha que fazer precisava que seu irmão estivesse ali para ficar de babá dele. Ele tinha treze anos, faria quatorze em dezembro e não precisaria de PJ tomando conta dele. Ele nem queria sair em jornada para falar a verdade, mas seus pais haviam obrigado-o. Bem, a sua madrasta havia. Christina havia pedido (lê-se obrigado) Luca a seguir em viagem com o meio-irmão mais velho e com o melhor amigo igualmente chato dele.

Putz — comenta Colin.

— Realmente putz — repete — Meu pai já até arrumou a minha mochila e tudo mais. Eu não queria ir, mas tô cogitando ir só para infernizar a vida do Pierce.

— Cara, você é um gênio do mal — gargalhou o amigo conforme seguiam pelas ruas a caminho de casa. — Mas me fala, como você vai seguir viagem se nem um Pokémon você tem?

— Tem isso também — disse Luca em resposta ao amigo. — Tentei pedir ao meu pai para me dar um, mas nem tchum e a mesma coisa com a minha madrasta. A alternativa é pedir ao meu vô-drasto.

— ‘acha que ele vai dar um para você?

— É a única escolha que tenho — ele deu de ombros.

Os dois viraram a esquina, já estavam longe o bastante da escola, mas não perto de casa, ainda levaria outros quarenta minutos para que Luca chegasse em casa já que sua escola ficava do outro lado da cidade e, infelizmente, a linha de trem para seu bairro estava interditada por conta de obras nos trilhos. Pelo que ele ouviu dos adultos pareciam que queriam expandir a linha magnética que ligava Johto a Kanto e algumas das linhas de trem e metrô pelas regiões seriam alteradas, dentre as cidade escolhidas estava Cherrygrove.

Cherrygrove não era uma cidade grande. Luca podia dizer isso, ele havia crescido na metrópole de Goldenrod antes de seu pai casar-se com sua madrasta, já havia visto mais arranha-céus que cerejeiras quando tinha morado lá antes de vir para Cherrygrove onde ocorria o contrário, mas por conta do fluxo migratório e do crescimento urbano, a cidade acabava expandindo-se e dava lugar para coisas como uma linha de trem que interconectava bairros e outros municípios como Violet mais ao norte, mais linhas de ônibus, mais dinheiro sendo injetado dentro da cidade.

— Cogitando que seu vô te deixe você ter um Pokémon, quem dirá escolher um, qual você teria? — perguntou o amigo enquanto atravessavam a faixa de pedestre em direção ao ponto de ônibus.

— Lucario é uma das opções? — devolveu ele com uma pergunta.

— No dia que um Lucario aparecer em Johto eu como minha prancha de skate com parafusos, as rodas e tudo — respondeu Colin. — Fala um bicho que tenha em Johto, Lu.

— Sei lá, cara — ele deu de ombros. — Eu acho um tanto de Pokémon legal, mas não tem todos no rancho do meu vô. Mas me fala, Cole, que ‘mon você teria?

Os dois andaram até o ponto de ônibus, não estava tão lotado assim. O moreno puxou seu passe de estudante de dentro da bolsa e esperou pelo transporte ao lado de Colin enquanto continuavam a conversar.

— Eu teria um Snorlax — disse Colin. — Eu acho um Pokémon muito foda.

— Uma pena que um te levaria à falência — riu ele. — Você desembolsaria comida para um Snorlax como? Com a sua mesada?

— Não sei, véi, eu só quero ter um Snorlax um dia — Colin coçou a nuca. — Mas me fala, qual a tua querendo um Lucario? Parece que tu faz disso sua personalidade.

Ele deu de ombros. Era um Pokémon que ele achava extremamente legal, não era culpa dele que a espécie era tão popular entre treinadores ao ponto de que especialistas em Sinnoh e em Kalos possuíam um em seus times, fora toda a misticidade acerca da espécie. Talvez fosse só uma megalomania adolescente, algo bem chūnibyō, mas não que Luca se importasse com isso.

— Sei lá — ele deu de ombros — Só sei que um dia quero ter um Lucario.

O ônibus havia chegado, ambos subiram e embarcaram, sentando-se próximo à janela. Luca olhou para a paisagem conforme o veículo se movimentava, ele e Colin continuaram conversando sobre os Pokémon que queriam ter, sobre as possibilidades do futuro em uma jornada.

Algum tempo passado Luca despedira-se de Colin, descendo do ônibus no ponto perto de onde morava. Ele pegou seu skate e foi em direção à rua de casa, passando pelo verdureiro que sempre vendia berries frescas e pela banca de jornais onde sempre comprava a revista semanal com o capítulo do seu mangá favorito, ele não quis fazer nenhuma parada naquele dia, ele iria direto para casa.

Remando em sua prancha e arriscando algumas manobras em um dos corrimãos, deslizando sem perceber o que havia à sua frente. Ele ia no automático, sabia tudo que havia a seguir desde as caixas de correio às caçambas de lixo e postes, ele sabia desviar antes de trombar de cara e esborrachar-se todo, eram muitos anos de prática, mas talvez se ele fosse um pouco mais atento teria percebido o que tinha na sua frente: uma garota. Uma garota e seu Totodile.

— Droga, droga, droga — ele não conseguiu desviar a tempo, ele inclinou o corpo para a esquerda para evitar trombar com a garota que havia paralisado no meio da calçada.

Ele inclinou-se em direção a uns arbustos próximos, cobrindo o rosto com os braços para evitar qualquer choque contra as plantas. A garota, de olhos arregalados, foi ao encontro de Luca, seu Totodile foi atrás, a socorro dele.

— Arceus do céu, você está bem? — perguntou ela.




Aleks

Grand Hotel Edohigan, Cherrygrove, Johto

Quarta-feira, 27 de abril


Ele havia chegado mais cedo do que havia dito na entrevista com a DJ Mary e mesmo assim fãs já se esgoelavam nas portas do hotel onde ele estava hospedado. Garotas com idades de onze a vinte e cinco anos aglomeravam-se na frente do Grand Hotel Edohigan, e isso tudo por que ele estava na cidade. A equipe de segurança da Karakuri Entertainment assim como a polícia local haviam cercado a entrada principal e as adjacentes do hotel e colocado grades para impedir tumultos, além de distribuir água e alimento para quem já estava ali a pedido de Aleks que via tudo da janela de seu quarto no nono andar.

Aleks não era o único dos meninos do eQUIN0xx ali na cidade para o concurso, Min também estaria competindo e isso já deixava o público ali embaixo à loucura por causa da presença de ambos. A agência havia providenciado suítes imperiais para ambos no hotel mais caro de Cherrygrove além de terem feito toda uma planilha detalhada com a rotina de ambos quanto à estadia na cidade e tudo que o garoto queria no momento era passar na sua casa e ver sua tia, dar um abraço nela depois de meses sem vê-la e comer imomochi e refri de Cheri Berry que vendiam no konbini onde seu irmão do meio, Viktor, trabalhava.

Ser um idol não era fácil. Ser idol e coordenador então, era pior ainda, havia alterado completamente seu cronograma que agora incluía seus Pokémon e as apresentações para os próximos concursos além das coreografias, vlogs, treinos vocais e físicos e as aulas de idiomas. Para a Karakuri Entertainment, a agência de Aleks, a ideia de seu carro-chefe, um boy group de sucesso, encarar o circuito de concursos em Kanto e Johto era uma ideia genial, a Chansey dos ovos de ouro como diria o seu senpai, o líder do grupo, que àquela altura já caminhava para a quarta fita em Kanto enquanto os demais ainda nem tinham começado direito.

— O Min já tá indo para a segunda fita, tipo, eu sou o único garoto do grupo que não venceu nenhum concurso ainda — disse Aleks ao telefone — O meu manager tá no meu pé, se eu não vencer os próximos concursos ou me classificar para a rodada de batalhas é possível que eu esteja no olho da rua, Heather!

Que dramalhão, Aleksey — disse sua namorada do outro lado da linha. — Você passou o inverno inteiro treinando desde aquele fiasco em Cerulean, não vai dizer que está com medo de ir lá e quebrar a perna?

— Primeiro: quebrar a perna deve doer muito! — respondeu o idol, ele sabia que “quebrar a perna” significava boa sorte em linguagem teatral, estava apenas zoando com a namorada — E segundo: você viu os comentários nos vídeos de treinamento e coreografia? Eu não vou conseguir passar da primeira fase do concurso de Cherrygrove desse fim de semana. Eu tô já me vendo no olho da rua, Hattie!

São só comentários maldosos, Lyoshka — disse a namorada tentando tranquilizá-lo. — Ou você não acha que eu também não recebo nas minhas redes sociais toda vez que eu gravo um episódio do dorama? No meio desses comentários de haters deve ter uma centena de milhares de comentários bons. Para de atrair energia negativa pra ti, amor.

Ele fez um biquinho, não dava para Heather ver, já que estavam em uma ligação normal, mas ela tinha razão, ele não poderia ficar somatizando todos aqueles comentários de haters que simplesmente não tinham mais o que fazer na internet além de propagar ódio do conforto de suas casas enquanto Aleks dava seu suor em suas coreografias, nas aulas de canto e ensaios, além dos treinamentos sob vigília constante de seu manager.

— Acho que eu estava precisando ouvir isso — disse ele passando uma mão por uma das mechas do cabelo loiro — Obrigado, Hattie, te amo muito.

Bem, alguém aqui tem que elevar seu ânimo — ela deu uma pequena gargalhada. — Também te amo, Aleks. Vou ter que desligar agora, vou gravar uma cena hoje e vou ter que fazer teste de cabelo e maquiagem para ela.

— Ah, sim, te ligo mais tarde então?

Pode ser — disse ela — Boa sorte no concurso, amor, sei que vai se sair bem.

— Obrigado, Heather — ele sorriu. — Até mais tarde.

Até — despediu-se. — Beijinhos.

E ela desligou. Aleks colocou seu PokéGear sobre a mesinha de cabeceira e suspirara, falar com Heather confortava-o, mas ele sabia que ela era tão ocupada quanto ele e que seus cronogramas muitas vezes não coincidiam. Ela tinha um dorama para gravar enquanto ele, que estava de hiato dos palcos e das músicas, agora estava numa jornada pelos concursos de Johto e Kanto.

O coordenador levantou-se e espanou qualquer pó invisível da calça e foi em direção ao banheiro, lavar o rosto, refrescar a cabeça de toda aquela ansiedade. Ele não podia se dar ao luxo de perder, não depois do que havia acontecido em Cerulean no começo do ano durante o início do circuito de concursos.

Ele se encarou no espelho, seus cabelos loiros e compridos na altura da nuca estavam um pouco apagados e estavam ressecados, com algumas pontas duplas e triplas, precisava de melhores cuidados. Seus olhos apresentavam a vermelhidão do cansaço acompanhada das noites sem dormir e da exaustão junto das olheiras que teriam que ser escondidas com base e corretor. A ansiedade e o cansaço já mostravam-se presentes no físico de Aleks, mas ele tinha de aguentar.

Aguentar a rotina. Os comentários em suas redes sociais. Os comentários vindos da boca de seu manager. Os comentários vindos de…

Toc. Toc. Alguém batia à porta do quarto.

Aleks saiu do banheiro e foi atender, talvez fosse o serviço de quarto ou o secretário de seu manager vindo checar. O loiro caminhou até a porta e abriu-a, dando de cara com um rosto tranquilizante.

Tratava-se de uma mulher por volta dos seus trinta e alguns anos, de cabelos rosa-cerejeira presos em um rabo de cavalo alto. Ela usava um terno preto com um laço no lugar da gravata e estava acompanhada por um Pokémon anfíbio azulado e musculoso, um Poliwrath que parecia maior que os da sua espécie, agindo como seu guarda-costas. A mulher era ninguém menos que a CEO da agência e quem havia descoberto Aleks, Naomi.

Ela trazia consigo uma sacola de papel pardo e outras de plástico enquanto seu Poliwrath carregava a bagagem de Aleks que havia chegado àquela manhã pela transportadora da agência.

— Olha se não é meu idol favorito — disse ela sorrindo e passando levemente a mão pela bochecha de Aleks e depois pelos seus cabelos. — É bom estar de volta a Cherrygrove, não é?

Ele acenou a cabeça em resposta. Naomi ergueu uma sobrancelha e virou-se para Aleks.

— O que foi, Aleksey, meu querido? — perguntou Naomi, preocupação era visível em sua voz. — Aconteceu algo, meu bem?

— Nada… Eu estava conversando com a Heather e…

— Oh, sua namoradinha, uma querida ela — Naomi girou uma mecha de seu cabelo cor de flor de cerejeira. — Diga-me, o que estava falando com ela?

— Sobre o concurso — ele disse. — Eu… eu estou com medo de repetir o que aconteceu em Cerulean… De não conseguir passar da fase de apresentações e ir para as batalhas classificatórias…

— Oh, bobagens, Aleksey — ela disse. — Você treinou esses meses todos e está mais que apto. Apostei tanto nesse retorno aos palcos, meu pequeno relâmpago, sei que irá brilhar e bem… Se não conseguir passar pode tentar mais uma vez.

— Mas Gideon, ele disse que…

— Gideon é apenas um manager, eu posso substituí-lo se eu bem entender, compreende? — persuadiu ela. — Mas sim, você terá que dar seu melhor se quiser alcançar o Min e os outros meninos, entende? Você é capaz, Aleksey, mas se ficar para trás atitudes drásticas terão que ser tomadas.

Ele engoliu em seco.

— Você conseguirá passar para as classificatórias e para as semifinais, eu sinto isso — continuou ela. — Mas Min também estará dando seu melhor, esse será seu retorno aos concursos, caso consiga vencer está bem, conseguirá acompanhar o ritmo dos seus pares, mas caso não, terei que ver o que fazer com você, Aleksey. Está entendendo?

Ele acenou com a cabeça.

— Dê seu melhor — ela disse. — Enfim, não vim aqui para falar disso. Vim para trazer algo para você, dois queridinhos que acabaram de voltar do Spa Pokémon e que estão pronto para os palcos. Poliwrath, poderia?

O sapo coaxou e colocou no chão junto das malas, um par de Pokébola que estavam dentro de uma caixa transportadora. O anfíbio abriu a caixa e das Pokébolas saltaram dois Pokémon, um primata de pelos roxos com uma longa cauda que terminava em um apêndice com o formato de uma mão com três dedos e uma planta em formato de sino com um corpo lenhoso e sinuoso com duas folhas como braços: seu Aipom e sua Bellsprout, Pokémon que acompanhavam Aleks desde que ele tinha treze anos de idade.

Aipom saltou em direção aos ombros de Aleks, escalando com agilidade até chegar à sua cabeça. O macaquinho abriu um largo sorriso e bagunçou os cabelos de seu treinador com sua mão-apêndice o que fez Aleks sorrir também, fazia uma semana que ele não via seus Pokémon, eles estavam sendo cuidados por uma equipe veterinária e botânica na capital e se preparando para o concurso tal qual Aleks.

Bellsprout, soberba e esnobe como sempre, caminhou com suas raízes até seu treinador e demonstrou afeto do seu modo, deixando-se ser paparicada como se ela fosse uma espécie de princesa mandona. Aleks carregou a planta carnívora no colo e abraçou-a.

— Que saudades eu estava de vocês dois — disse ele. — Ilya. Tatiana. Seus travessos.

— Eles foram bem cuidados e treinados — diz ela para Aleks — Espero que ambos saiam-se bem na performance assim como você, Aleksey, meu relâmpago.

Ele apenas assentiu com a cabeça.

— Lembre-se: quando está no palco você não é mais você. Você é outra pessoa — diz Naomi. — Você é aquilo que as pessoas pensam de você. Você é um ator e bons atores devem afiar seu ofício se querem os louros que vêm com a vitória. Você quer ganhar, não é Aleksey?

Novamente ele assentiu com a cabeça.

— Min e os outros já estão bem a frente, mostre que você pode alcançá-los, querido — ela tocou em seu ombro com uma mão e com a outra ela passou suavemente pelos cabelos loiros do adolescente e sorriu. — Se tiver um bom desempenho eu posso pensar no que você me perguntou um tempo atrás.

— No que eu a perguntei? — disse, inclinando a cabeça em dúvida.

— De querer sair em uma jornada — respondeu a CEO.

Desde que ele havia começado no circuito dos concursos, meses atrás, ele vinha com uma ânsia de sair em jornada, em querer explorar o mundo e vê-lo com seus próprios olhos, mas ele também era um idol, tinha uma carreira a cumprir, uma rotina estrita a seguir e não poderia largar tudo assim tão repentinamente. Ele já havia pedido a Naomi e a Gideon tantas vezes para que ele pudesse ir em uma jornada, mas ambos veemente negaram, principalmente depois do que havia acontecido em Kanto no fim do inverno. Agora ele tinha uma oportunidade de ouro em mãos e não poderia soltá-la.

— Gideon e Nicholas, assim como a sua equipe poderão providenciar tudo, mas apenas se você se sobressair bem, não pedirei uma vitória, mas se conseguir chegar às finais de Cherrygrove e eu deixarei, mas apenas se chegar lá, ‘kay?

E assim Naomi saiu sem dizer mais nada, apenas deixando Aleks com o Spinarak atrás da orelha com aquela proposta impossível de se recusar, agora ele precisava realmente treinar.




PJ

Cherrygrove, Johto

Quarta-feira, 27 de abril


Ele não precisava mais ir para a escola desde que havia conseguido a dispensa oficial e nem ir para seu trabalho temporário já que o Sr. Gentil já havia assinado sua demissão e pagado o último salário, mas isso não impediu sua mãe de fazer ele realizar as tarefas em casa.

Naquela manhã PJ havia tido que lavar toda a roupa que ele havia deixado empilhar em cima de sua cama no seu quarto, além de varrer e aspirar-lo por inteiro, trocar os lençóis e fronhas, dentre outras coisas que ele havia adiado nas últimas duas semanas por pura procrastinação que só poderia vir de um adolescente de dezesseis anos. Agora ele estava retornando da lavanderia com toda a roupa, tendo Ren e os Pokémon de ambos como companhia para ajudá-lo a levar todas as cestas de roupa limpa, além de terem parado para comprar alguns yakisoba-pan e latinhas de limonada no konbini pertinho para comerem vendo algum anime.

Bem, os planos tinham ido para os ares quando PJ viu seu meio-irmão quase dar de cara com o chão quando ele tinha virado a esquina a caminho de casa. Luca, como sempre, estava em seu skate idiota indo à toda velocidade em direção à uma garota e seu Totodile, ambos distraídos andando pela rua.

— Luca! — gritou ele de longe vendo o irmão quase ir de encontro com a garota, mas ele estava um tanto longe, talvez ele não tivesse escutado PJ.

Luca inclinou o corpo para frente e junto com seu skate foi em direção aos arbustos, jogando-se neles, pelo menos ele não havia se espatifado contra o asfalto e havia amortecido sua queda.

PJ deixou a cesta de roupas cair e correu até o irmão com seu Gligar planando logo atrás dele, a garota com o Totodile fez o mesmo. Ren apenas ficou ali, pasmo, olhando.

— Arceus do céu, você está bem? — perguntou a menina.

— Luca! — gritou PJ chegando próximo do irmão que parecia estar bem e estendendo a mão para ajudá-lo a se levantar do arbusto — Quase que tu se esborracha inteiro, cabeça de vento! Me desculpa pelo meu irmão, moça.

Ele reverenciou em desculpas em seguida, Luca não fizera o mesmo.

— Eu tô bem, eu tô bem — disse ele se levantando — Desculpa por quase te atropelar, moça.

PJ pigarreou e esperou Luca também fazer uma breve reverência em desculpas, até que ele mesmo forçou-o a fazer isso com uma mão na cabeça, fazendo ele se curvar querendo ou não. A garota deu um meio sorriso de constrangimento e gargalhou curtamente e disse:

— Não, que é isso, não precisam se desculpar — disse ela — Eu também estava distraída, estava procurando um lugar para treinar meu Totodile, eu recém cheguei em Cherrygrove e tem lugares que desconheço.

— Ah, uma treinadora — comenta PJ olhando para o Pokémon da menina, um dos iniciais dado pelo Professor Elm na cidade de New Bark.

— Sim — confirmou ela — É meu primeiro dia fora de casa e bem, eu achava que conhecia bem Cherrygrove por que meu pai trabalha aqui, mas já me perdi umas duas vezes, uma para achar o Centro Pokémon e outra para encontrar um lugar para treinar que o Trainer’s Next Stop recomendou.

Trainer’s Next Stop era um site bastante famoso entre treinadores Pokémon em Kanto e Johto nos últimos anos, bastante útil para quando se estava na estrada e queria se aproveitar a sua jornada e curtir as paradas no meio da estrada ao invés de só ir de uma cidade para outra sem rumo, era uma maneira que muitos treinadores de primeira viagem e aqueles mais introvertidos se virarem sem ter que interagir com ninguém. PJ já tinha favoritado muitas páginas e artigos do site no navegador do seu PokéGear já que também estaria saindo em jornada naquele domingo com Ren e infelizmente seu meio-irmão que agora estava com o skate embaixo do braço.

— Soube que o Parque Shidarezakura é bastante popular aqui em Cherrygrove entre treinadores — disse ela — Mas até agora eu não encontrei, eu devo ter virado na rua errada.

— E virou — disse Ren que carregava as duas cestas de roupa e os lanches que PJ e ele tinham comprado, suor era visível em sua testa — O parque é descendo a ladeira.

— Sério? — ela arregalou os olhos em descrença. — Mas eu acabei de passar por aquela ladeira agora!

— Se não se importa a gente pode te levar lá — intervém Luka que sorria para ela de uma maneira estranha, se insinuando, o que fez PJ beliscar o meio-irmão que reclamou. — Ai! Qual é, Pierce!

— O senhorito vai pra casa, isso sim, seu anão de jardim — diz o mais velho — A mãe tá o dia todo ocupada e você tem tarefas em casa para fazer, pentelho. E fora que tu sujou o uniforme nessa burrada sua de quase atropelar alguém de skate!

— Até parece que eu vou mais para escola essa semana — disse ele. — Eu fui dispensado igual você! E eu já fiz minhas tarefas, não sou igual você que deixou acumular!

— Ora, seu!

O mais novo revirou os olhos e Ren riu da pequena contenda entre os irmãos. A garota deu um fraco riso constrangido. Os dois permaneceram discutindo, enquanto o amigo se aproximava perto da garota um tanto prazenteiro, como sempre.

— Não liga para eles — diz Ren — Eu não estou fazendo nada, posso levar você até lá, esses dois aqui vão ficar que nem Meowth e Rattata, só ignorar que logo passa. Aliás, nem nos apresentamos, que indelicadeza a minha.

— Depois disso tudo acho que só eu e você não dissemos nossos nomes — disse a garota. — Me chamo Lyra.

— Ren — se apresentou ele — E o grandão cabeludo aqui é o Pierce e o baixinho é o Luca, eles são irmãos como deu para reparar bem.

— É, eu meio que sei como é — ela disse. — Mas se não for incômodo, eu meio que estou cem por cento perdida e eu queria aproveitar um pouco para treinar enquanto ainda estou em Cherrygrove.

PJ virou-se para Lyra e dissera:

— A gente ajuda — ele comenta, embora estivesse apertando forte a bochecha do irmão que franzia o rosto para ele — Eu também preciso começar a treinar para a Batalha da Fronteira, eu e meu amigo vamos sair em jornada esse domingo.

— E eu também vou! — complementou Luca removendo a mão pesada do irmão mais velho que havia deixado um vermelhão em sua bochecha.

— É, o pintor de rodapé também vai — ele revirou os olhos constatando aquele terrível fato — Eu só preciso levar essas cestas de roupa para casa e guardá-las e vou com vocês para o Parque Shidarezakura e…

— Sério, não precisam se incomodar comigo — ela diz em resposta — Nem conheço vocês direito e acho que já estou pedindo demais para três estranhos, já basta o senhor que me ajudou mais cedo.

— Nós de Cherrygrove somos assim — disse Ren. — Somos como as cerejeiras, damos as boas vindas desse jeito. Eu posso ir na frente com você e depois encontramos com esses dois por lá, pode ser, Pê?

O mais alto assentiu com a cabeça. Ren então entregou as duas cestas que carregava sozinho para os irmãos e se direcionou junto de seu Hondour para próximo de Lyra.

— Então nos vemos no Parque Shidarezakura em quinze minutos — disse o garoto de cabelos fúcsia. — Você e seu irmão. E é melhor não demorarem!



Tamao

Rota 30, entre Violet e Cherrygrove, Johto

Quarta-feira, 27 de abril


O cair da noite se aproximava e isso significava apenas uma coisa: Umbreon estaria mais ativo. Seu Pokémon não era um fã da luz do dia, dado a sua tipagem Sombria e seus hábitos noturnos, o que tornava usá-lo em batalhas quando o sol estava em seu auge uma tarefa um tanto árdua, mas por sorte nos dias que ela esteve longe de Ecruteak ela não tivera que lidar com nenhum enfadonho treinador de beira de estrada pedindo a para batalhar ou sequer ter que enfrentar algum Pokémon selvagem, o que poupou Tamao já que ela não era a melhor em batalhas do seu grupo. Ela só tinha um trabalho: entregar um ovo de Pokémon para Mr. Pokémon e apenas isso.

Bem, ao menos era o que o bilhete na cesta dizia, que o ovo deveria ser entregue para o cientista que morava em uma fazenda na Rota 30, basicamente na encruzilhada entre as cidades de Violet e de Cherrygrove. Ela bem que queria ficar com aquele ovo e cuidar dele, mas recebera ordens de sua superior para que o ovo fosse entregue.

Não era incomum que Pokémon abandonados, bebês e até ovos aparecessem nas portas do Teatro Uzume em Ecruteak, muitos eram encaminhados para lares, berçários e creches para que fossem escolhidos por pessoas responsáveis o suficiente para cuidar desses, as Irmãs de Kimono garantiam que aqueles Pokémon negligenciados teriam um treinador de bom coração, pois assim eram os ensinamentos de Ho-Oh, seu deus.

Tamao nunca tinha visto nenhum ovo Pokémon como aquele, geralmente ela conseguia identificar de que espécie era o ovo pelo padrão na casca, coisa que aprendera durante suas aulas e ao ler alguns guias de criação Pokémon. O ovo era branco com polígonos vermelhos e azuis, nada que batia com as descrições de espécies comuns encontradas na região de Johto e de Kanto, talvez fosse o ovo de algum monstrinho não nativo da região, o que complicava um pouco mais, já que ela não conhecia muitos Pokémon estrangeiros.

A garota, em suas sandálias geta, continuou caminhando, a noite escura era iluminada pelos aros dourados de seu Umbreon, ela não deveria estar muito longe da fazenda do cientistas, dava para ver as luzes de uma casa na distância, sua jornada estaria chegando logo ao fim e em breve ela estaria de volta à cidade de Ecruteak com as outras garotas e realizando seus afazeres.

— Talvez quem quer que tenha escrito o bilhete deva querer que o cientista pesquise mais sobre você — disse ela encarando o ovo. — É muito estranho terem pedido para entregar esse Pokémon para um cientista de todas as pessoas. Céus, Tamao, pare de falar com um ovo, você está parecendo uma doida falando sozinha no meio da estrada.

E calada, ela, sendo guiada pelo seu Umbreon, continuou andando pela Rota 30 até chegar próxima de uma cerca de fazenda. Por quilômetros e quilômetros era possível ver pastagens por onde diferentes Pokémon corriam e pastavam, havia penhascos altos com cavernas e grandes lagos artificiais e moinhos de vento, ela havia chegado à fazenda de Mr. Pokémon. Continuando a caminhar ela chegou a entrada principal, uma casa simples onde na varanda um homem de idade sentado numa cadeira de balanço observava a paisagem ao lado de um Xatu.

— Oh, vejo que já chegou o tal ovo que a Matriarca tanto me falou — disse o idoso, ela supôs que aquele fosse Mr. Pokémon — Pode vir, minha jovem, o velho Mr. Pokémon não é capaz de ferir nem um Caterpie.

O velhinho se levantou e apoiado em sua bengala de madeira ele lentamente caminhou da varanda até Tamao. Seu Xatu o auxiliava, aquele senhorzinho parecia gentil, nada ameaçador, era um típico habitante de Cherrygrove, com um sorriso tenro e primaveril estampado no rosto acompanhado de um modo prazenteiro e acolhedor. Era como se as pessoas de Cherrygrove tivessem o toque da primavera em si, diferente das pessoas de Ecruteak que eram como o outono, propensos a serem frios.

Tamao foi de encontro ao senhor e junto de Umbreon levou o ovo ao cientista que com os óculos observou, coçando o queixo.

— Céus, não vejo um ovo desta espécie desde que eu era menino — comenta Mr. Pokémon. — Até pensei que esse Pokémon houvesse entrado em extinção em Johto, mas vejo que a espécie retornou. Fascinante, fascinante!

— Esse ovo é de um Pokémon de Johto? — indagou ela.

— Bem, sim e também não — respondeu Mr. Pokémon — Essa espécie já foi documentada em Sinnoh e em Galar em seus índex regionais, mas são extremamente raros de serem avistados na natureza, o último de sua espécie foi visto aqui em Johto anos antes da guerra.

A guerra. Certo, ela sabia que houve uma guerra entre Kanto e Johto cerca de trinta anos atrás antes da unificação e do tratado de paz do Planalto Índigo, seus avós haviam lutado no front e havia medalhas e fotos da época. Uma época que parecia distante para Tamao que apenas tinha dezessete anos de idade e havia se sagrado uma das Irmãs de Kimono há menos de seis meses quando seu Eevee evoluíra para Umbreon.

— Chega de remoer sobre uma guerra estúpida — disse ele. — Que bom que a Matriarca me comunicou deste ovo, eu quase estava solicitando às Universidades de Celadon e de Goldenrod que revisassem a Pokédex e removessem esse Pokémon da Pokédex regional de Kanto e Johto dado ao seu desaparecimento, mas acho que ainda há esperança.

— Você vai estudar o ovo, Mr. Pokémon?

— Oh não, não — disse o senhor — Eu estou velho demais para fazer uma pesquisa tão intrínseca e detalhada assim, mas eu sei a pessoa perfeita que pode cuidar deste ovo e observar seu desenvolvimento para mim e fazer mais estudos sobre essa espécie para mim.

— Isso me acalenta um pouco — disse Tamao.

— A mim também, minha querida — disse o idoso segurando firme sua bengala. — Está ficando escuro, aceita um lugar para passar a noite, eu estou com um caldeirão de nikujaga no fogão e acredito que não deverá retornar a Ecruteak tão cedo.

— É muita generosidade do senhor — ela diz — Mas eu já tenho que partir, a minha missão já se concluiu, eu só tinha que entregar o ovo ao senhor.

O senhor de idade riu.

— Venha, de manhã posso pedir para que meu caseiro te leve até Violet te facilitando a viagem de volta para casa.

Ela tentou hesitar, mas ela já estava bastante cansada de ter levado o ovo de Ecruteak até ali e ter ido a pé boa parte do caminho. Seus pés estavam cansados e doíam, ela precisava de um bom banho e Umbreon também e uma tigela de cozido faria bem depois de uma viagem longa que ela tinha feito.

— Aceitarei, mas de manhã eu tenho que ir.

— E de manhã partirá — ele prometeu-a — Apenas descanse um pouco, minha jovem, todas as missões chegam ao fim e com o fim delas devemos nos permitir descansar um pouco, não somos feitos de ferro, criança.



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  1. Cara, sua história flui muito fácil, mas tenho que dizer que esse talvez tenha sido o capítulo que eu consegui ler mais depressa. E digo isso como ponto positivo! Acho que com as relações entre os personagens se estabelecendo a dinâmica da história vai ganhando ritmo, e também ajuda o fato de já termos tido as introduções necessárias.

    Todo mundo falando mal do Luca, sendo que ele é o responsável por juntar a Lyra com o Ren e o PJ! Luca, eu saio em sua defesa dessa vez enquanto mil te condenam! Mas vê se não vacila, pivete! Algo me diz que você sendo criança é que vai ter que ser a voz de bom senso desse bando de adolescente. Tamo fudido...

    Olha, eu não sei a sexualidade do Ren. Até porque a sua história trabalha com tantas diferentes que eu vou demorar um pouquinho até decorar a de todo mundo (por favor, tenha paciência com o lerdo aqui), mas eu achei ele bem atirado pra cima da Lyra. Ou eu tô ficando doido? De início eu achava que ele curtia outros garotos, mas agora tô em dúvida se eu acabei confundindo com outro personagem.

    E o Aleks batendo a ansiedade lá no teto? O garoto nem pisou no Contest Hall ainda e já tá projetando a derrota, a demissão e já logou no Viva Real pra procurar a ponte com aluguel mais barato pra morar embaixo. Cá pra nós, eu me identifiquei fortemente com essa crise dele. Eu só não digo que sou nulo pra criatividade porque nessas horas eu consigo projetar mais de 3400 possibilidades diferentes de um futuro dando errado. Mas fica por isso mesmo. Olha, eu ainda não tive a oportunidade de ver do que o Gideon é capaz, mas também não confio na Naomi não. Pra não dizer que já tô apostando que ela é bem pior que o cara. O "rosto tranquilizante" que foi descrito logo de cara já ligou um sinal de alerta, e esse jeito passivo-agressivo disfarçado de doçura... A mulher é só o veneno. Aleks, implanta um terceiro olho na sua nuca! Mas vamos ver, eu tô levando fé nele nesse contest. Acho que vai dar bom!

    E o Mr. Pokémon recebeu o ovo de Togepi das Kimono Girls! Foi interessante essa cena, porque a gente nunca se perguntou de onde foi que o velho tirou esse bendito ovo! kkkkkkkkkk Mas achei legal o background que você desenvolveu pra espécie. Realmente ajuda a dar esse toque de raridade pra ele. Agora fico pensando. Se ele vai pertencer ao Luca, assim como na versão antiga da história, eu fico imaginando a cara do garoto quando o Togepi nascer. Era um Lucario que você queria? Foi mal, mlk, hoje não. kkkkkkkkk Mas vai na fé, Togetic é maravilhoso!

    Até a próxima! õ/

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    1. Nossa, valeu muito cara, saber que a história está fluindo bem me acalenta tanto em um nível que eu sinto que estou fazendo meu trabalho de forma correta ajskajakkkkkkkk.
      Enfim, acho que com os grupos de personagens "fechados", eu já situo um pouco as relações inter-personagens, agora que todos estão devidamente introduzidos e apresentados.
      O Luca é um personagem que precisou de um rework e uma mudança, ele agora não é mais uma criança, mas ele ainda é o mais novo do grupo, tendo treze anos de idade e bem, tendo uma fixação por Lucario, mas quem não teria? Aposto que todo mundo já quis um lobo de estimação em algum ponto da vida, com Lucario não seria diferente. Chamar o Luca de voz do bom senso é um pouco demais, não? Ele é a cola que une esse grupo, claro, mas veremos como ele se sobressai num grupo onde todos são três/quatro anos mais velhos que ele.
      Calma, amigo, não precisa se desesperar quanto a gêneros e sexualidades em Neo Johto, sei que é muito personagem e muita coisa para assimilar, mas eu serei paciente e explicarei tudo para vocês que leem, então não vamos colocar a carroça na frente dos Rapidash, mas assim Ren não estava se atirando para cima de Lyra, calma, calma, mas acho que possivelmente possa estar confundindo as coisas, tenta não pensar muito, apenas desliga os neurônios e curte o momento.
      Aleks e ansiedade andando de mãos dadas, haha, o coitado sofre muito por antecipação, mas eu não o culpo, ele está num mundo de espetáculos e aparências, onde ele é muito cobrado, então é de se esperar que ele esteja ultra-mega ansioso e quase surtando por algo que não aconteceu ainda. Gideon ainda não deu as caras, porém a Naomi é o tipo de pessoa que faz você ficar com o pé atrás, mas que para quem está próximo dela não percebe, ainda mais o Aleks que está com a mente em outro lugar no momento e num estado um tanto abalado dado à ansiedade, mas a Naomi apresenta uma barganha para ele que é difícil de se recusar, agora vamos ver como ele se sobressairá nesse concurso.
      Bem, pouca gente sabe que ele recebeu esse ovo das Kimono Girls, pq bem, ninguém volta para conversar com o velho depois do começo do jogo, mas nos remakes é estabelecido que a primeira Kimono Girl que encontramos é a que deu o ovo para Mr. Pokémon. Eu precisava dar uma razão para as pessoas não saberem de onde Togepi vem, afinal, nem podemos capturá-lo na natureza até os jogos de Sinnoh (via PokéRadar/ou Hisui) ou em Galar (na Wild Area), sempre acabamos só ganhando um ovo e ficamos por isso só. Tenho pena do Luca quando descobrir que é um Togepi e não um Riolu, mas vai que o guri curta ter um Togekiss no futuro? Who knows.

      Até mais, amigo, nos vemos na próxima.

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