sexta-feira, outubro 06, 2023



Dante Silver

Mt. Mortar, Johto

Domingo, 24 de abril


Ele só teve certeza de que estava seguro quando chegou àquela trilha no Monte Mortar. Pelo que ele sabia, aquela trilha havia sido fechada há alguns anos devido a possíveis deslizamentos de terra, tornando o lugar inacessível para qualquer um dos cupinchas da Equipe Rocket, ali ele estaria salvo, embora temporariamente.

Ele havia fugido com sorte por uma das entradas pouco vigiadas que ficava no subterrâneo da única loja de conveniências que havia em toda Mahogany, uma pequena cidade rural nas montanhas da qual ninguém iria suspeitar de ser a localização do quartel-general da Equipe Rocket. Ele aproveitara sua fuga pela loja e a pouca vigilância do lugar, além do fluxo quase zero de pessoas pela entrada secreta para cometer mais alguns furtos. Depois de roubar um Pokémon de uma membro do alto escalão, o ato havia se tornado mais fácil e sem culpa.

Das prateleiras ele havia roubado as provisões necessárias para sua fuga, desde itens de camping a alguns mangás nas prateleiras, comida para durar pela próxima semana e até o aparelho celular de um dos funcionários do konbini que havia sido esquecido carregando embaixo do balcão onde ficava a caixa registradora. No caminho para o Monte Mortar ele havia furtado algumas roupas de um varal e um par de coturnos que haviam sido esquecidos na varanda de uma casa, ele precisava complementar seu disfarce, tornar sua persona mais fiel.

Com a Pokébola da Sneasel em mãos, a arisca Pokémon doninha que ele havia surrupiado de uma de suas superioras, ele matutava o que faria a seguir. Ele já tinha feito tudo sem deixar rastros, desde falsificar documentações e invadir o sistema da Liga Pokémon para registrar-se como treinador, além de assegurar-se que ninguém havia-o seguido até ali ou que ninguém havia desconfiado que ele havia fugido até que fosse tarde demais. Ele havia verificado cada câmera e o horário de troca dos guardas, além de garantir que ninguém nos dormitórios notaria sua ausência pelas próximas doze horas. Sua fuga tinha que ser perfeita, ele não poderia falhar, não agora.

Ele havia treinado sua nova identidade no espelho do banheiro por dias, havia usado o que havia usufruído das aulas de teatro lecionadas pela Executiva Ariana, sua tia, e as técnicas de disfarce de Petrel, outro executivo da organização criminosa, além de aprender com ele tudo que podia sobre hacking para poder garantir uma identidade sólida e desvencilhada de seu passado com a Equipe Rocket. Uma identidade que não seria vinculada ao antigo líder da Equipe Rocket, o infame Giovanni Matarazzo.

Se alguém o perguntasse de onde era, bem, ele responderia que era de Mahogany, o que não era mentira, ele viveu por três anos naquela cidade. Bem, no subterrâneo dela, para ser honesto, mas ainda era algo. E se perguntassem da sua família? Ele vivia com os tios e um primo, o que novamente não era mentira nenhuma, então já tinha uma resposta para as perguntas óbvias. Ele tinha até uma resposta para como havia obtido sua Sneasel, ele apenas responderia que a havia pego na Senda Gélida, a caverna que ficava entre a pequena Mahogany e a montanhesa e isolada Blackthorn.

Ele tinha respostas para tudo. De onde vinha, sobre seu Pokémon, sobre sua família…

Família, ele pensou. Ele não podia chamar Ariana de família, mesmo que ela fosse irmã da sua mãe e bem, seu tio Archer, ele era um oportunista, um facínora que havia tomado as rédeas da Equipe Rocket após a derrota dela em Kanto há três anos atrás pelas mãos daqueles treinadores. Giovanni havia desaparecido e um vácuo de poder havia surgido, permitindo que Archer ascendesse ao mais alto dos rankings da organização, deixando de ser um mero executivo para se tornar chefe da organização. A única pessoa que ele realmente poderia chamar de família eram seu primo Jesse, que havia incutido em sua mente a ideia de fuga, e bem… sua mãe, Vivienne, que assim como Giovanni, havia desaparecido e sumido dos olhos públicos há três anos.

Dante respirou profundamente, lembrar da mãe fazia seu coração pesar. Ele sabia, de alguma forma, que ela estava viva, ele precisava encontrá-la. Parte de sua motivação estava em encontrá-la, ele precisava-se tornar forte, ser uma pessoa forte o suficiente para desmantelar a Equipe Rocket em seu cerne. Ele precisava ser tão forte quanto aqueles treinadores de três anos atrás que haviam conseguido enfrentar Giovanni e derrotá-lo.

— O treinador mais forte de Kanto, o meu ovo, pfff…. Patético — ele soltou um muxoxo — Aquele garoto limpou o chão com sua cara, pai.

Ele deu uma risada enquanto destruía as últimas evidências de que ele pertencia à Equipe Rocket: o uniforme branco dos recrutas de baixo escalão. Ver o fogo lambendo e incinerando vorazmente o tecido do uniforme, o couro das botas e a boina dava a Dante uma sensação de liberdade, de que ele havia quebrado os elos das correntes que o aprisionaram por três longos anos.

Agora ele não era mais Dante Niccolò Vincenzo Matarazzo. Seu nome a partir de agora era Silver Crocell e ele seria a pessoa responsável pela queda derradeira e definitiva da Equipe Rocket. Os foguetes vermelhos não iriam decolar daquela vez, não enquanto ele estivesse vivo e lutando.




Masako

Arredores de Cherrygrove, Johto

Segunda-feira, 25 de abril


Os três irmãos descendiam de uma longa linhagem de imperadores e imperatrizes que se estendia ininterruptamente há séculos. Masako sempre ouvira falar sobre a vasta história de sua família, sobre os mais de oitenta e oito imperadores que vieram antes de seu tio-avô, que governaram Johto após o terrível governo dos senhores da guerra. Tudo havia começado há cerca de seiscentos anos em Ecruteak, quando Ho-Oh, o deus das asas arco-íris, concedeu sua bênção à Taiyou, a primeira imperatriz, inaugurando assim seu reinado.

Sendo a mais velha, Masako era a quarta na linha de sucessão ao trono, atrás de seu irmão gêmeo, Tenma, que desfrutava do privilégio masculino e ocupava o terceiro lugar. Enquanto isso, Minori, o irmão mais novo de onze anos, estava em nono lugar na linha imperial, distante da possibilidade de um dia ascender ao Grande Trono Hinomoto e tornar-se imperador. Masako sabia que Minori não se importava com a sua posição na linha de sucessão.

A ausência de descendentes do imperador Kamino concedia prestígio ao trono para os descendentes de sua falecida irmã. No entanto, devido a um grande escândalo do passado, nenhum dos sobrinhos do imperador poderia se tornar herdeiro, restando à próxima geração a sucessão ao tio-avô. Hiroyuki, o mais velho dos sobrinhos-netos com vinte e três anos e recém-graduado na Universidade de Celadon, era o primeiro na linha do trono. Era conhecido como o príncipe perfeito, o filho dourado, a flor de íris dentre os crisântemos. Masako sabia que jamais poderia se equiparar a ele.

Masako, pare com isso, repreendeu-se mentalmente.

Ela não deveria ficar se comparando com seu primo, não em uma situação como aquela. Estavam voltando para Johto após o prolongado enterro de seu tio-avô, o imperador, que havia perecido após lutar bravamente contra um horrível câncer por dois anos, mas, infelizmente, não resistiu. A era de Kamino havia chegado ao fim, levando consigo um legado de mudanças extremas em Kanto que ainda estava se recuperando do incidente com a Equipe Rocket de três anos atrás, um eco silencioso e distante que assombrava os kantonianos, enquanto Johto desfrutava de uma longa paz.

Como era tradição, o corpo fora velado em Saffron e, posteriormente, seria enterrado no mausoléu imperial. Um período de um mês de luto seria decretado antes de coroar um novo imperador em uma cerimônia tradicional. Aquilo marcou o fim da Era Kamino, que durou cerca de sessenta e sete anos. Perder um ente querido era doloroso. Masako lembrava-se de quando era criança e seu tio-avô a pegava no colo, junto com Tenma, contando histórias de seus antepassados, de guerras e batalhas, eventos que ele mesmo presenciou em sua juventude e lendas envolvendo Pokémon lendários, de como o venerado Ho-Oh abençoara a família imperial.

A sensação de luto era avassaladora, como se seu coração de repente tivesse duas toneladas e seu corpo fosse incapaz de se mover. No entanto, todos lidavam com o luto de maneiras distintas. Masako sabia que encontraria seu próprio caminho para lidar com aquela dor.

Enquanto os pais dos três irmãos permaneceriam em Saffron com seus tios e outros parentes, eles retornariam para casa em Goldenrod, onde ficava a goyōtei, a villa imperial da família de Masako. O Palácio Imperial, por sua vez, era reservado somente ao monarca governante.

O pequeno avião particular da família decolou do Aeroporto Inter-regional de Saffron às dez e pouco da noite, com a previsão de pousar em Goldenrod por volta da meia-noite. No entanto, ocorreu um desvio inesperado, e a aeronave fez um pouso de emergência nas proximidades de Cherrygrove, eram meia-noite e quinze, já era um novo dia e eles estavam longe demais de Goldenrod. Embora Cherrygrove não possuísse um aeroporto totalmente equipado, oferecia espaço suficiente para um pouso seguro, próximo da autoestrada da Rota 30. Dali, entrariam em contato com a Agência Hinomoto para solicitar assistência durante aquela situação inoportuna, ao menos era o que Masako esperava, já que nada como aquilo havia acontecido antes com ela.

O piloto, um homem alto de cabelos escuros e penteados para trás com gel, olhos azuis intensos como safiras lapidadas, aproximou-se deles. Seu crachá exibia o nome em caracteres em relevo: Sakagawa Kiyosato.

— Altezas Imperiais, Princesa Masako, Príncipe Tenma, — ele começou após um breve pigarro. — e Príncipe Minori. Sinto informar que não será possível continuar a viagem de avião. A aeronave apresentou algumas falhas técnicas, e seria inapropriado deixá-los esperando para voltar à villa em Goldenrod enquanto aguardo assistência. Portanto, contatei a agência, e um veículo virá buscá-los. Algum problema?

Masako respondeu, um tanto incerta, que não havia problema algum, assentindo com a cabeça.

Sakagawa-sama curvou-se brevemente e retirou-se. Tenma, ao remover os fones de ouvido, um presente recebido do tio-avô e feitos sob encomenda pela Silph Co., indagou:

— Por que pousamos em Cherrygrove em vez de Violet? Lá teríamos melhor assistência.

— Não sei, Tenma — disse ela levantando-se, limpando qualquer partícula de poeira de seu vestido enquanto pegava do bagageiro acima uma bolsa tiracolo, seu irmão fazia o mesmo pegando uma mochila, o resto das malas estavam em outro local do pequeno avião — Não tem como prever uma emergência. Vamos acordar o Minori, quanto antes voltarmos para casa, melhor será.

Tenma assentiu com a cabeça e foi ao irmão menor, que dormia aconchegado, abraçando seu Teddiursa de pelúcia, chupando o polegar, como se ainda fosse um menino pequeno e não um pré-adolescente. Ainda um pouco grogue o principezinho despertou, esfregando os olhos.

— Já… já chegamos? — sua voz estava embargada de sono.

— Não, irmãozinho — disse Tenma bagunçando os cabelos de Minori que espreguiçava-se — Tivemos uma emergência, parece que o avião teve algumas falhas e precisamos de fazer um pouso repentino.

— Oh sim… — ele bocejou — Me carrega, aniki?

— Carrego sim, sobe aí — ele agachou-se e Minori pulou nas costas de Tenma, permitindo-se ser carregado como uma criança pequena nas costas do irmão mais velho.

Juntos, os três irmãos saíram do avião, indo até um carro preto que ostentava as placas douradas e prateadas de um veículo oficial e o brasão de um sol envolto por duas grandes asas, o selo imperial. Sakagawa-sama junto de seu copiloto colocavam no porta-malas do carro toda a bagagem dos príncipes e da princesa.

— Deixe que eu coloque suas bagagens de mão, Altezas — disse o outro funcionário.

— Não precisa, podemos levá-las — disse ela em resposta.

— Certo, senhorita — ele curvou-se em reverência.

— Tenha uma boa volta para casa — disse Sakagawa-sama.

— Obrigada — disse ela entrando no carro.

— Obrigado — disse Tenma.

Minori não disse nada, pois estava bastante sonolento. Ao entrarem no carro, os gêmeos sentaram-se próximos à janela enquanto o irmãozinho sentara-se no meio, preenchendo o banco traseiro do veículo.

No banco do passageiro uma mulher os esperava, ela vestia uma camisa de cetim preta e uma saia branca longa, seu cabelo era curto e rente na altura das bochechas, enquanto seus olhos apresentavam uma tonalidade cinérea. De canto a canto nas têmporas ela possuia uma estranha cicatriz, como se tivessem sido suturados pontos recentemente ali e cicatrizado, mas Masako não perguntou sobre, afinal ela  sabia que era feio apontar e comentar sobre as cicatrizes de alguém.

— Boa noite, príncipes e princesa — disse ela, sua voz era suave como um pássaro canoro — Viemos o quão antes possível, esperamos que a viagem de vocês para casa seja confortável, bastante confortável.

Os irmãos não responderam, a divisória de vidro que separava o banco do motorista e do passageiro, do banco de trás havia fechado-se, deixando o carro na completa escuridão, até mesmo os vidros das janelas eram escuros, tornando difícil de ver qualquer coisa do lado de fora.

O motorista deu partida no carro. Eles começaram a se movimentar, Masako relaxou no banco enquanto Tenma retirou seu laptop da mochila e ficou navegando pela internet, ouvindo suas lições de kalosiano enquanto direcionavam-se para casa em Goldenrod.

Dentro do carro, um cheiro adocicado preenchia o ar, era como se todas as flores da primavera tivessem florescido ao mesmo tempo ali dentro. Um pouco zonza, incapaz de abrir as janelas, ela recostou o pescoço e sentiu os olhos pesarem e quando menos percebeu tanto ela quanto o irmão gêmeo haviam apagado junto de Minori que já estava no mais profundo dos sonos, abraçado a seu Teddiursa de pelúcia.


Annie

Quartel-General da Equipe Rocket, Mahogany, Johto

Segunda-feira, 25 de abril


Annie estava extremamente irritada. Aquele garoto ruivo e arrogante havia roubado sua Sneasel. Ela havia ido até a gélida região de Sinnoh apenas para capturar aquele Pokémon, e para piorar, o pirralho havia conseguido escapar, o que lhe dava um ótimo motivo para dar bronca nos subordinados que faziam a vigília nos corredores. Oakley, sua parceira e irmã, uniu-se a ela nessa tarefa.

— Como vocês permitiram que um mero garoto de dezesseis anos escapasse? — gritou Annie, enquanto massageava as têmporas. — Vocês são tão incompetentes assim? Tinham apenas uma tarefa, e ainda assim falharam miseravelmente nela?

— Desculpe, senhora... — um dos recrutas engoliu em seco. Era um rapaz de cabelos violetas que olhava para o chão, cabisbaixo. Seus braços estavam cruzados atrás das costas, e ao seu lado estava seu Pokémon, um Mankey.

— Eu não quero desculpas — disse Oakley, ríspida. — Vocês deveriam estar à procura dele. Qual é o seu nome, subordinado?

— Chadwick, senhora.

Chadwick — ela saboreou o nome com sarcasmo. — Que nome detestável. Vocês estão em dupla, não é? Sempre vejo vocês, de baixo escalão, em duplas ou trios.

— Sim, senhora.

— E onde está seu parceiro? — questionou Annie, com os braços cruzados. — Essa pessoa deveria estar vigiando com você. Onde ela se encontra?

— A Cassie... Ela... — ele engoliu em seco, evitando olhar nos olhos das agentes.

— Ela está aqui — disse outra voz feminina e mais velha, acompanhada pelo som de saltos contra o piso.

Uma executiva da Equipe Rocket, o braço direito de Archer, o atual cabeça por trás da organização criminosa, Ariana Argyle, aproximou-se deles. Vestia um uniforme branco estilizado, e seus cabelos ruivos caiam sobre os ombros. Era uma figura imponente, abanando-se com um leque. Atrás dela vinham dois recrutas, um jovem de dezessete anos e uma moça universitária, com cerca de vinte anos, acompanhados por um grande Arbok que trazia a outra subordinada. A cobra gigante soltou a garota, que rapidamente correu para perto de Chadwick.


por erlenwald

— Então quer dizer que meu digníssimo sobrinho escapou, hã? — disse a executiva, com certo sarcasmo na voz, enquanto abanava o leque. — Bem, ele não deve ter ido longe, não há para onde ele possa ter fugido. Não sem um Pokémon.

— Mas, senhora Ariana... — começou Annie. — Ele roubou uma Sneasel de mim. Um Pokémon que capturei recentemente e ainda não tive a oportunidade de treinar.

— Então o garoto é esperto, hum? — Ariana fechou o leque. — Bem, ele poderá abrir a boca para a polícia se não fizermos nada. Vocês dois — a executiva apontou para Chadwick e Cassie — vão procurar meu sobrinho antes que ele abra o bico, entendido?

Os subordinados assentiram e bateram continência à sua superiora.

— E vocês duas?

Annie e Oakley também bateram continência.

— Certifiquem-se de que este quartel-general deixe de existir — disse ela. — Quero este lugar vazio, sem nenhum dado ou informação que revele o que estamos planejando. Vamos transferir nossa base de operações, e Jesse e Dominó estarão sob o seu comando para coordenar a transferência dos recrutas e demais membros para nossa outra base.

— Sim, senhora — disseram Oakley e Annie em uníssono.

— Vocês têm até o final da semana, cada um de vocês — disse ela. — Quero informações sobre meu sobrinho, a completa inexistência deste quartel-general e a transferência de nossos dados e equipe para a nossa outra base de operações abaixo do Lago da Fúria. Sete dias a partir de agora. Terão até a meia-noite de domingo, está claro?

Eles assentiram.

— Certo — ela e seu Arbok caminharam em sentido contrário pelo corredor. — Sete dias exatos.

Ariana desapareceu, deixando Annie e Oakley com os outros subordinados ali e os agentes à disposição. A agente de alto escalão pigarreou e, em seguida, disse:

— Andem, seus imbecis — referindo-se à dupla Cassie e Chadwick. — Comecem a procurar pelo garoto! — Com essa simples ordem, tanto Chadwick quanto Cassie partiram dali, correndo, exasperados. — E vocês dois?

— Sim, senhora — disse o rapaz, cujos cabelos azuis claros caíam sobre as costas, presos em um rabo de cavalo. Seu nome era Jesse, pelo que ela sabia.

— Solicite à Doutora Veronika e sua equipe que teletransportem os dispositivos e computadores para a base do Lago da Fúria — disse Oakley. — E informe os agentes em missão sobre a mudança repentina de quartéis.

— E quanto à destruição daqui? — indagou Dominó, outra agente. — O que faremos com este quartel-general subterrâneo?

— Começaremos bloqueando as passagens — disse Annie. — E eliminando todos os vestígios de nossa presença aqui.

— As pessoas de Mahogany são simples e levam uma vida pacata, não podemos levantar suspeitas explodindo tudo — continuou a irmã. — Então teremos que fazer o quartel-general parecer apenas um bunker subterrâneo abandonado há muito tempo, sem nenhum vestígio de nossa presença, deixando apenas uma passagem abaixo do ginásio da escola local e as demais passagens seladas. Sete dias serão suficientes, só precisamos transferir os objetos de maior valor e nossos dados para a outra instalação secreta e desativar este quartel-general para evitar que Dante abra o bico.

— Os habitantes mais velhos se lembrarão do bunker — disse Annie. — Costumavam vir para esse subterrâneo durante desastres naturais antes de virmos para cá, apenas precisamos garantir que se recordem dele e que evitem vir até ele.

— E precisamos que nossos agentes infiltrados em Mahogany desviem a atenção da população para não se intrometerem quando estivermos transferindo os agentes — continuou Oakley. — Principalmente o líder do ginásio. Ele não deve saber de nada!

— Certo, cobriremos isso — disse Jesse em resposta — Pryce não ficará sabendo de nada. Acionarei nossos agentes na cidade.

Dominó apenas assentiu, estourando uma bolha de chiclete.

— Aquele moleque teve que escapar, por Arceus! — reclamou Annie, bufando. — Por que ele tinha que fugir? Só nos causou prejuízo.

— Talvez ele tivesse suas razões — respondeu Jesse.


Tenma

Rota 36, entre Violet e Ecruteak, Johto

Segunda-feira, 25 de abril


Tenma acordou meio grogue, ele estava um tanto zonzo. Seu laptop havia caído no chão do veículo, mas por sorte não tinha sofrido nenhum dano. Ele apenas fechou-o e colocou-o de volta na mochila. Sua irmã dormia próxima à outra janela, assim como seu irmãozinho no banco do meio. Embora desorientado e com a pouca visão pelo vidro da janela ele notava como a paisagem do lado de fora não parecia dar nenhum indicativo de que estariam a caminho de Goldenrod.

Em uma placa ao lado da autoestrada ele conseguiu avistar um gigantesco e garrafal número 36, mostrando a rota em que estavam e uma seta apontando para cima, significando que estavam indo rumo ao norte. Goldenrod ficava mais ao sul daquela rota, se Tenma não estava enganado, a norte só havia a antiga cidade de Ecruteak que ficava a cerca de quarenta e seis quilômetros de Violet e há mais de cento e quarenta quilômetros de Cherrygrove, onde estavam próximos.

Tenma pegou seu PokéGear e olhou, eram duas e pouca da manhã. O carro não estava levando-os para casa, estavam sequestrando-os e isso fez seu coração disparar. Ele cutucou os irmãos, tentando acordá-los. O vidro que separava o motorista dos passageiros de trás abaixou-se e a sinistra mulher virou-se.

— Vejo que acordou, jovem príncipe — disse ela, sua voz melodiosa penetrando em seus ouvidos, melíflua.

— Para onde estão nos levando? — perguntou ele, um tanto assustado ainda tentando acordar os irmãos.

A mulher sorriu, sombria.

— Logo irão descobrir — disse ela.

— O que… — Masako, sonolenta abriu lentamente os olhos — O que está acontecendo? Tenma?

— Masako, eles… — o medo fazia a voz de Tenma congelar em sua garganta — Eles estão… estão tentando nos sequestrar. Me ajude a tirar o cinto de Minori.

Antes que pudessem se mover, a mulher jogou uma Pokébola para a parte de trás do carro, liberando um Pokémon insectóide alaranjado de olhos brancos e vazios, seu corpo era tomado pelo corpo frutífero de um grande cogumelo vermelho com manchas amareladas. O Pokémon cheirava a umidade e podridão, como se ele já estivesse se decompondo por dentro enquanto o cogumelo controlava o inseto. Hifas de cogumelos menores brotavam de suas pinças e pernas. O Pokémon se tratava de um Parasect, o maior que Tenma já viu.



O grande inseto zumbi avançou para cima dos gêmeos que, não tendo alternativa para fugir, tentaram defender-se usando suas bagagens de mão que estavam próximas de si. O zumbi artrópode tentou desferir golpes com suas pinças e também com suas patas, mas sua arma mais potente era o cogumelo em suas costas que se sacudiu e começou a liberar uma nuvem de esporos, sem alternativa, Tenma desafivelou seu cinto de segurança e o da sua irmã, deixando para desafivelar o do irmão caçula por último, mas a tarefa se tornou algo sisífico quando o inseto com suas enormes pinças se posicionou sobre o corpo de Minori e começou a produzir mais esporos a ponto de empestear o carro.

Sem alternativas, Tenma abriu com toda a força a porta do veículo em movimento e puxou Masako pelo braço, os dois caindo pela estrada, rolando e ralando o corpo pelo asfalto conforme iam em direção à floresta nas proximidades até que pararam próximo à uma árvore. O carro parou, eles, congelados pelo medo, viram a mulher e o motorista saírem do carro acompanhada pelo Parasect.

— Vamos fugir — disse Masako.

— Mas eles estão com Minori — disse ele em resposta à gêmea.

— Mas eles têm um Pokémon consigo e nós estamos em desvantagem — disse ela — Seria mais vantajoso nós fugirmos e contatarmos a polícia.

Apreensivo ele assentiu e ambos correram, evitando ao máximo fazerem barulho. Os seus captores não estavam longe, seus passos podiam ser ouvidos por toda a extensão da floresta que fazia parte da Rota 36.

— Vocês podem correr, crianças — disse a mulher, sua voz era pesarosa e macabra como a de uma bruxa em um conto de fadas — Mas não poderão se esconder. Podem fugir, mas saibam que nem em sua própria casa estarão seguros. Enquanto a família de vocês permanece em Saffron, as cordas dos títeres estão sendo puxadas. Vocês, crianças, são uma peça fundamental de nosso plano.

Ela deu uma breve e curta risada.

— Corram, fujam — disse ela — A patrona saberá onde vocês estarão. Temos tudo sob nosso controle, e seu irmãozinho, seu querido irmãozinho pode ser aquilo que tanto buscamos. Johto não será mais a mesma depois do que iremos fazer!

Sem tempo para responder, os irmãos continuaram correndo pela floresta sem olhar para trás. Apenas com as roupas do corpo e as bagagens de mão da curta viagem, eles continuaram o trajeto para fora daquela rota. Após uma hora e meia de tanto correrem eles chegaram aonde a Rota 36 encontrava os limites do município de Violet, ao longe era possível ver um posto de gasolina e algumas casas, eles estavam próximos da cidade.



Os irmãos Tenma e Masako estavam exaustos e escondidos na densa floresta próxima ao posto de gasolina, suas mentes repletas de medo e incerteza. Cada sombra, cada movimento, poderia ser os sequestradores de seu irmão, levando-os de volta ao pesadelo do qual tinham acabado de escapar.

Tenma olhou em volta, buscando algum sinal de perigo, enquanto Masako segurava sua mão com firmeza, buscando conforto na presença um do outro. O desespero preenchia suas mentes, mas sabiam que não podiam ficar parados.

— O que vamos fazer? — perguntou Tenma, preocupado — Eles estão com nosso irmão!

Masako respirou fundo, tentando encontrar alguma solução em meio ao caos.

— Eu sei, eu também estou com medo! — ela disse apreensiva enquanto conferiam se seus sequestradores não estavam nas proximidades — O que essas pessoas querem conosco?

Tenma olhou para ela, suas expressões refletindo a incerteza e a angústia que sentiam.

— E-eu não sei — disse ele — Eu apenas acordei e vi que… Eles estavam levando Minori para Ecruteak!

Masako pensou rapidamente, tentando encontrar uma saída para a situação desesperadora em que se encontravam.

— Mas e se não estiverem levando-o para lá? — sugeriu ela enquanto lentamente caminhavam em direção ao asfalto, rumo ao posto de gasolina.

A angústia pela situação de seu irmão e a tristeza pela incerteza de seu futuro eram a única companhia dos irmãos gêmeos naquela rua escura. Eles temiam que a mulher e seu Parasect aparecessem a qualquer momento, tornando a escuridão da noite ainda mais opressiva. A única luz visível era proveniente do posto de gasolina e dos postes que piscavam, mostrando o descuido do município com a iluminação pública naquela área.

Desorientados, sujos e sem nenhum dinheiro no bolso além do cartão de crédito da Agência, que era usado apenas em emergências, os irmãos adentraram o posto de gasolina, tentando não chamar muita atenção para si. O único funcionário presente parecia distraído, vidrado em um filme exibido em seu celular, o que lhes permitiu passar despercebidos.

Atrás das prateleiras, eles buscaram algum item que pudesse ajudá-los a enfrentar a situação. Tenma pegou um mapa da região e comida, enquanto Masako se aproximava das prateleiras de produtos de camping, procurando uma lanterna e suprimentos básicos. Nos cabides e araras da loja de conveniência do posto, Masako pegou roupas para ela e seu irmão, além de estranhamente pegar uma tesoura de cabeleireiro e uma caixa de tintura azul para cabelo além de descolorante, sua gêmea tramava algo com aquilo.

— Dinheiro ou cartão? — disse o desinteressado frentista, não querendo perder uma cena sequer do filme que assistia.

— Hã… Cartão?

O frentista indiferente, mais interessado em seu filme do que nos clientes, fez pouco caso do pagamento de Tenma. Os irmãos saíram do posto de gasolina e seguiram para os fundos, procurando um local seguro para descansar após a fuga exaustiva. Eles sabiam que precisavam recomeçar suas vidas, assumir novas identidades e, acima de tudo, resgatar Minori, custe o que custar.

Tenma, sentindo o peso da responsabilidade, suspirou pesadamente.

— Bem, o que vamos fazer agora? — perguntou ele, buscando orientação em sua irmã.

Masako desembalou a tesoura que havia pego no posto e a levou em direção aos cabelos.

— Voltamos de onde começamos — disse ela com firmeza.

— Para Cherrygrove? — indagou Tenma, lembrando-se do lugar onde tudo começou quando desembarcaram do avião, talvez ele ainda estivesse ali.

— Bem, não é como se pudéssemos voltar para casa, não é? — respondeu Masako, encarando a realidade.

Com determinação, ela pegou as mechas do cabelo e, com um movimento rápido, cortou parte dele rente à nuca. Em seguida, cortou mais algumas mechas, deixando seu cabelo curto e desigual.

— Eu gostava do seu cabelo comprido — disse Tenma, passando a mão pela franja da irmã que agora batia em sua testa, resultado do corte impulsivo.

— Bem, eu espero que eu goste do seu cabelo depois disso — ela pegou a embalagem de tintura para cabelo, sorrindo com um toque de ironia — Pois vamos pintá-lo de azul!

— Realmente vamos fazer isso? — perguntou o gêmeo mais novo, inseguro sobre a ideia de tingir os cabelos — Por que é o meu cabelo que tem de ser pintado?

Ela riu.

— Bem, acho que não podemos contar com ninguém — disse ela — Podem estar atrás de outros membros da nossa família e a polícia pode não ajudar. Eu pensei que… que seria bom nós irmos atrás de nossos irmãos e buscar alguma ajuda…

— É a única escolha que temos né? — perguntou ele fitando a irmã

— Ou é isso ou deixarmos sermos pegos por aqueles dois… — ela suspirou — E eu prefiro isso.

— Recomeçar nossas vidas? — indagou ele — Acho um tanto… Arriscado…

Tenma suspirou novamente, sentindo-se encurralado pelas circunstâncias.

— Ambas escolhas são péssimas — ele admitiu — Mas é o que temos, não é?

Masako concordou, mantendo a determinação em seus olhos.

— Infelizmente — concluiu ela — Temos que resgatar nosso irmão e impedir seja lá qual for o plano dessas pessoas. Eles podem estar tramando o pior!

Os irmãos compartilharam um momento de silêncio, sabendo que estavam enfrentando algo muito maior do que eles. Masako levantou-se, pronta para tomar a próxima decisão.

— Já odiei tudo isso — desabafou Tenma, erguendo-se logo em seguida — Venha, acho que temos um cabelo para pintar. Acho que vou ter que me acostumar a ter cabelo azulado, não é?

Os gêmeos príncipes se abraçaram com apreensão, olhando para o céu estrelado enquanto ponderavam sobre o destino do irmão perdido. A incerteza do futuro pairava sobre eles, como uma névoa misteriosa que obscurecia o caminho a seguir. A bênção outrora concedida por Ho-Oh parecia ter desvanecido em meio à escuridão daquela situação desafiadora.

Masako enxugou uma lágrima solitária que escapou de seus olhos, enquanto Tenma tentava encontrar palavras de conforto que acalmassem o coração dela e o seu próprio. Eles sabiam que não podiam se render ao medo ou desespero, pois o resgate de Minori dependia deles e deles apenas.


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  1. Respostas
    1. Sim, ele veio e para ficar. E espero que você e seus comentários também

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  2. Mais um reboot, família.

    Desta vez, o autor é... Leucro! Piadas à parte, entendo o porquê de querer recontar a história, achando que ela estava seguindo por caminhos estranhos e você não estava sendo capaz de tomar as rédeas, entendo esse sentimento.

    Quanto ao prólogo em si, gosto da tomada de decisão em dividi-lo por diferentes pontos de vista, torna a leitura mais dinâmica, quase como uma série ou um filme, cortando para cada bloco de personagens. É muito legal e serve também para pausar entre o capítulo, caso o leitor queira.

    É mesmo muito interessante, uma decisão que melhorou muito os POVs.

    Enfim, não quero me estender mais, vejo você no próximo capítulo.
    Boa sorte nessa nova jornada.

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    1. Vamos ver quantos reboots acontecerão na Neo Aliança? Haha, sem piadas também, é muito bom te ter aqui, amigo.

      A decisão de um reboot nunca é fácil para ninguém e para mim também não foi um mar de rosas, mas foi uma das melhores decisões que eu pude tomar quanto a história e este prólogo é a prova disso, com as cenas melhores divididas, você sabe quem está narrando e também não se perde ao longo do capítulo, podendo parar e saber de onde continuar. Os POV's são algo que pretendo continuar com ao longo da história, me deixam mais tranquilo e fazem o trabalho de escrita do capítulo ficar mais fácil para mim e o de leitura para vcs também.

      Bem, é isso amigo, vejo-o no seu próximo comentário

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  3. Opaaaa! Demorei, mas eu falei que eu vinha! Kkkkkkk

    Mano, que que foi isso? Sequência de quebra-pau de respeito, hein! Parece que desde o início já não teremos descanso por aqui. :v

    Cara, legal que você manteve o Silver em destaque pra abrir a história nessa nova versão, mas ao mesmo tempo também trouxe o plot da família real pro início. Essa alternância de focos pode ser um pouco cansativa pra você escrever agora no começo, mas a longo prazo vai te ajudar muito na hora de colocar as coisas pra andar. Já temos várias introduções de personagens a menos logo de cara. Dessa forma, quando eles começarem a agir, você vai poder ir direto ao ponto e só deixar a trama fluir sem empecilhos.

    Silver já entra no jogo armado com Sneasel. Você tá jogando muito baixo, Leucro! Pare de tentar fazer ele ser meu personagem preferido! Kkkkkkkkkkkk Mas o fato é que é um Pokémon com temperamento difícil, então pode ser bem problemático pro Silver, que é um iniciante. Já do lado dos Rockets, a Ariana foi tão tranquila com toda a questão da fuga e o risco de vazamento de informações. Realmente uma apresentação diferente do que estou acostumado. Sempre pensei na Ariana como uma personagem mais explosiva, enquanto o Archer seria o mais centrado. Mas sinceramente, ela parece que vai ser mais perigosa agora. Quando a gente explode a gente fica leve depois. Essa mulher aí guardando tudo de estresse só pra ela... Sei não. Alguém vai sair chorando dessa história.

    Tem algo de podre no reino de Johto! Masako e Tenma conseguiram escapar dos sequestradores, mas o preço que pagaram foi alto. Minori ficou para trás, e vai saber o que pode acontecer com ele daqui em diante. E pelo jeito essa organização que está por trás desse atentado já fincou seus tentáculos por todo o sistema. Por um momento achei que eles iam se dar muito mal revelando tudo à polícia, mas felizmente parece que desistiram da ideia. Não duvido nada de ter alguém deles infiltrado lá também.

    Excelente prólogo, meu caro! Já vamos direto para o próximo!

    Até! õ/

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    1. E não é que veio mesmo?

      Bem, eu diria que esse capítulo pode ser resumido com a seguinte frase: Acabou o sossego.
      Sério, não há descanso para ninguém, full ação por aqui, sem paradas para beber água ou respirar.

      Acho que esse foi meu diferencial, fazer esses pontos de vista em alternância, situa melhor vocês leitores e eu também, ter trago tanto o Silver quanto os gêmeos foi algo que foi um divisor de águas, pois se você lembrar bem o plot dos gêmeos só acontecia pelo capítulo quinze na primeira versão, algo que quis mudar, pois com eles mais cedo na história dá para eles serem melhor trabalhados e dá uma chance aos leitores ter mais apego a eles.

      Silver nos mostra a Equipe Rocket e o que ela tem feito nesses últimos três anos, como ele tem estado em cativeiro e como sua fuga movimentou tudo no QG da organização. O cara roubou a Annie na cara de pau e ainda saiu impune com isso, okay, ele pegou uma Sneasel que é um bicho brabo, mas né, é o Silver, claro que ele roubaria a Sneasel de alguém do alto escalão. Vemos também a Ariana que bem, aparenta tranquila, mas no fundo ela tá se segurando para não enforcar um, eu no lugar dela não teria esse autocontrole todo não, já teria explodido, haha.

      Ah, os gêmeos, o que dizer deles, né? O tio-avô deles acabou de bater as botas e eles foram sequestrados, mas enfim conseguiram fugir, mas até quando eles ficarão fugindo? Eles tem um irmão para quem voltar e resgatar, mas fica difícil quando dentro de um lugar familiar para eles há pessoas perigosíssimas.

      Bem, acho que é isso, vamos ao seu próximo comentário pq vc tá a todo gás hoje, meu chegado.

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  4. Véi! Que intenso! O ritmo frenético desse capítulo me deixou sem palavras. Adorei o ritmo e a divisão por pontos de vista, acrescente uma dinâmica bem gostosa para a história. Muito curioso sobre o que vem por aí. O que mais me intriga é como o menorzinho vai receber o fato de que seus irmãos desapareceram enquanto ele era sequestrado?

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    1. Oi, oi Haslan
      Vejo que gostou, hein, acho que esse ritmo foi necessário, foi um capítulo o qual a gente pôde ver mais de como será a história a partir de agora, espero que já esteja formulando suas teorias, estarei ansioso para saber o que você pensa do que pode vir a seguir.
      O coitado do Minori mal sabe que os irmãos fugiram ou que ele foi sequestrado, coitadinho, haha, vai ser dose pra leão isso quando ele acordar e ver que não está mais em casa.

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